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Radioterapia: trunfo importante no tratamento do câncer do reto

Esse tipo de terapia é usado para reduzir o tamanho do tumor antes da cirurgia ou para eliminá-lo ainda em fase inicial quando localizado próximo do ânus. Modernização dos equipamentos torna as aplicações de radiação cada vez mais precisas e seguras.

A radioterapia é recurso importantíssimo para o tratamento do câncer do reto, a parte final do intestino grosso, que conecta o cólon ao ânus. Ela pode ser utilizada antes da cirurgia para diminuir as taxas de recidiva (volta da doença) e o tamanho do tumor, de maneira a permitir uma ressecção (extração) mais adequada. Em lesões que se desenvolvem próximas do ânus, a radioterapia também pode ser realizada em combinação com quimioterapia para evitar a realização da cirurgia, que nesses casos resulta em colostomia (desvio do curso do intestino para parede do abdômen, onde é fixada uma bolsa para coletar o material excretado). A radioterapia também é indicada para o controle de sintomas como dor e sangramento tumoral.

Nos últimos anos, o tratamento radioterápico do câncer de reto vem se beneficiando da evolução dos equipamentos que possibilitam a administração de doses cada vez mais concentradas de radiação, com diminuição dos efeitos tóxicos nas áreas adjacentes e menos riscos de efeitos adversos.

Antigamente, eram muito comuns, durante o tratamento, episódios de diarreia, tenesmo (o paciente sente vontade de evacuar, mas não consegue ou evacua muito pouco), evacuação de muco e alterações urinárias, como ardência ou aumento da frequência da vontade de urinar. Com o progresso da radioterapia, essas ocorrências diminuíram tanto em número como em intensidade, tornando o tratamento muito bem tolerado pelos pacientes.

As aplicações de radiação, que demoram de 10 a 15 minutos, podem ocorrer a partir de dois esquemas de tratamento: o esquema curto, de cinco dias; e o esquema longo, de cinco semanas, associado a uma quimioterapia chamada radiossensibilizante, ou seja, administração de quimioterápicos visando potencializar os efeitos da radioterapia. O esquema a ser escolhido vai depender das características da lesão, do paciente e do objetivo do tratamento.

As sessões de radioterapia para o câncer do reto não exigem preparo prévio, e é comum que os pacientes mantenham suas atividades de rotina durante o tratamento. Os efeitos colaterais, quando aparecem, podem ser contornados ou minimizados. A prática de atividade física é recomendada.

Na hora de escolher um serviço de radioterapia, é importante buscar um centro médico que conte com um moderno parque de equipamentos radiológicos e uma equipe de radioterapeutas qualificados e experientes, pois são esses profissionais que conseguem transformar os avanços tecnológicos em mais saúde e segurança para os pacientes. É isso que a BP oferece, com outro diferencial muito importante: o atendimento multidisciplinar integrado, incluindo radioterapeutas, oncologistas clínicos, cirurgiões oncológicos e demais especialistas de apoio, como enfermeiros especializados e nutricionistas.

Fonte: Erlon Gil - CRM/SP 115.917

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