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O que é e qual a importância da colonoscopia?

Esse exame de imagem para a avaliação interna do intestino grosso é fundamental para o rastreamento e prevenção do câncer colorretal

A colonoscopia é o principal exame recomendado pelos médicos para rastrear e prevenir o câncer colorretal, tumores que afetam o cólon (parte central do intestino grosso) e o reto (parte final do intestino grosso). Atualmente, essa doença é a terceira maior causa de mortes por câncer no Brasil e no mundo. Porém, estudos mostram que a realização regular da colonoscopia pode reduzir entre 50% e 60% dessas ocorrências.

Além de permitir detectar um tumor em fases mais iniciais, o que aumenta as chances de sucesso do tratamento, esse exame tem um importante papel preventivo, pois possibilita identificar e remover pólipos, lesões benignas que podem se transformar em um tumor maligno.

A recomendação é iniciar o rastreamento aos 50 anos, pois a incidência da doença aumenta a partir dessa idade. De acordo com o resultado do primeiro exame, o médico indicará a regularidade ideal para repeti-lo, considerando se foram ou não encontrados pólipos e de que tipo. No melhor dos cenários, uma nova colonoscopia só precisará ser feita depois de cinco anos.

No caso de pessoas com doenças que são fatores de risco para esse tipo de câncer, como a retocolite ulcerativa (uma doença inflamatória) e síndromes hereditárias, como síndrome de Lynch, o rastreamento deverá ser iniciado antes dos 50 anos, dependendo da idade em que esses problemas foram diagnosticados, e os exames deverão ser realizados a intervalos menores. Esses pacientes, possivelmente, já estarão sendo acompanhados por um proctologista, que é o médico da especialidade. Quem nunca foi a esse especialista, pode solicitar ao médico que o atende regularmente – cardiologista, ginecologista ou urologista, por exemplo – que faça o encaminhamento para o exame.

Além de seu importante papel no diagnóstico precoce do câncer colorretal ou na sua prevenção, por meio da remoção dos pólipos, a colonoscopia também é indicada para investigar sintomas como sangramento, diarreia persistente, dor abdominal sem causa aparente e alterações do hábito intestinal, detectando doenças inflamatórias, infecciosas, diverticulares (bolsas que se formam na parede do cólon) e autoimunes, entre outras.

Exame requer preparo especial
A colonoscopia exige uma limpeza intestinal prévia, realizada com o uso de laxantes – uma parte na véspera e outra no dia do procedimento, seis horas antes do seu início –, além de jejum de três horas antes do exame.

Realizado com o paciente sedado, o exame utiliza um instrumento chamado colonoscópio. Trata-se de um tubo fino acoplado a uma câmera, introduzido pelo ânus, que transmite as imagens para um monitor. Para melhor visualização, enquanto o tubo percorre o reto e o intestino grosso é insuflado um gás para distensão das paredes intestinais. Se encontrados pólipos, podem ser retirados e enviados para exame anatomopatológico (exame de laboratório para analisar o tecido e identificar eventual malignidade).

Após acordar da sedação, o paciente fica em observação até ter a sua condição estabilizada e ser liberado, o que só acontece com presença de um acompanhante.

Colonoscopia virtual
Uma alternativa à colonoscopia convencional para quem não pode ser sedado ou tem muita dificuldade de realizar esse exame é a colonoscopia virtual, também chamada de colonografia. Esse exame exige o mesmo preparo de limpeza intestinal, mas é realizado por meio de tomografia computadorizada. O tomógrafo capta imagens internas do intestino, permitindo a identificação de pequenos pólipos, a partir de 1 milímetro. Contudo, para que sejam retirados, será necessária a colonoscopia.

O rastreamento do câncer colorretal pode ser feito, ainda, com pesquisa de sangue oculto nas fezes, com a realização anual do teste imuno-histoquímico fecal (um tipo de exame de fezes). Também neste caso, se o resultado for positivo, será preciso fazer a colonoscopia. Além do câncer, a presença de sangue nas fezes pode estar associada a várias outras doenças.

Exames na BP

Todos esses exames estão disponíveis na BP. Mas vale a pena destacar cuidados que são particularmente importantes na colonoscopia e que contribuem para tornar o procedimento mais seguro e menos desconfortável para o paciente.

Na BP, a sedação é feita por um anestesista, garantindo que não seja adotada uma dosagem maior ou menor que a necessária. Para distender as paredes do intestino é usado CO2 (gás carbônico) e não o ar ambiente, que contém 70% de nitrogênio, um gás que não se dispersa e permanece no abdômen do paciente, gerando dor e desconforto. Isso não acontece com o CO2.

Além da qualificada e experiente equipe de especialistas credenciados pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva, a BP conta com equipamentos de última geração, com imagens de alta definição e recursos como filtro de cor e magnificação, que permite ampliar a imagem em até cem vezes e identificar o tipo de lesão, facilitando a tomada de decisão do profissional sobre retirar ou não o pólipo.

As áreas de diagnóstico da Unidade Paulista e do BP Mirante também disponibilizam 19 apartamentos com banheiros destinados a pacientes mais idosos ou mais frágeis, a fim de que façam o preparo do dia do exame no próprio hospital, com conforto, segurança e privacidade.

Fonte: Fauze Maluf Filho – CRM/SP 60.036

Data da última atualização: 30/09/21