Estenose Aórtica

Entendendo a doença

Afetando predominantemente pessoas com mais de 65 anos, a estenose aórtica se tornou um dos principais problemas do coração em tempos de maior longevidade da população. Ela decorre do estreitamento da válvula aórtica, geralmente provocado por calcificações que se desenvolvem com a idade. A calcificação impacta a abertura da válvula e diminui o fluxo do sangue oxigenado e com nutrientes que circula pelo nosso corpo. Como o fluxo sanguíneo fica menor, o coração tem que realizar um esforço extra para conseguir bombear o sangue através dessa válvula.

A estenose aórtica vai evoluindo gradativamente, podendo levar a problemas como insuficiência cardíaca e até morte súbita.


Tipos

Existem três tipos de estenose aórtica:

  • Estenose aórtica degenerativa, que afeta pessoas mais idosas e atualmente é a mais prevalente em razão da longevidade da população.
  • Estenose aórtica congênita, associada a problemas congênitos.
  • Estenose aórtica reumática, provocada pela febre reumática (conhecida popularmente como reumatismo no sangue).

Sintomas

Um dos problemas da estenose aórtica é que a doença não apresenta sinais nos estágios iniciais. Os sintomas só costumam aparecer em estágios mais avançados e estão associados à deficiência de oxigenação e nutrição do sangue. Os principais sintomas, que podem se manifestar isoladamente ou em conjunto, são:

  • Dispneia (falta de ar)
  • Angina (dor no peito)
  • Tontura

Diagnóstico

Seu cardiologista suspeitará de estenose aórtica quando, durante a avaliação clínica, detectar sopro no coração (ruído produzido pela passagem do fluxo de sangue nas cavidades do coração). A confirmação do diagnóstico ocorre por meio de um exame de ecocardiograma, que mostrará a calcificação na válvula e como está o fluxo de sangue. Confirmada a estenose aórtica, outros exames poderão ser solicitados para estabelecer a melhor estratégia de tratamento.


Tratamento

O tratamento da estenose aórtica mais adotado atualmente é o implante transcateter valvar aórtico (TAVI, na sigla em inglês). Trata-se de um procedimento bem menos invasivo que a cirurgia convencional, com menos riscos, menos tempo de internação e recuperação mais rápida do paciente.

A válvula usada no TAVI vem montada em um cateter que é introduzido geralmente na artéria femoral do paciente por meio de uma pequena punção na região da virilha e, guiado por imagens de raio X, é levado até a região afetada pela estenose. Lá, a válvula a ser implantada se expande, assumindo a função de bombear o sangue corretamente. A válvula doente permanece no organismo do paciente, mas fica sem função. Há dois tipos de válvulas usados no TAVI: válvula autoexpansível ou válvula com balão expansível.

Outra alternativa para tratamento da estenose aórtica é a cirurgia convencional, com abertura do osso esterno para acessar o coração, remover a válvula doente e implantar a nova, de material sintético ou biológico. Trata-se de um procedimento bem mais complexo. Exige anestesia geral (enquanto o TAVI é feito apenas com sedação) e utilização da máquina coração-pulmão, que assume a função de fazer a circulação do sangue durante a intervenção, porque o coração precisa estar parado para que o cirurgião possa implantar a válvula. A cirurgia dura de 3 a 4 horas, e o paciente fica cerca de 5 dias internado. Já o procedimento transcateter dura de 1 a 2 horas, e a alta acontece em 1 ou 2 dias. A escolha do procedimento a ser adotado (cirurgia convencional ou implante transcateter) deve levar em consideração as características de cada caso.


Fatores de risco

A idade é o principal fator de risco para desenvolvimento da estenose aórtica, que costuma ocorrer após os 65 anos.

Outra condição que amplia o risco é a preexistência de um problema congênito em que a válvula aórtica do indivíduo tem apenas dois folhetos (válvula bicúspide) e não três (válvula tricúspide), como é o normal. Em algumas pessoas, isso pode provocar mais precocemente as calcificações que levam ao desenvolvimento da estenose aórtica. Indivíduos com válvula bicúspide podem desenvolver a doença já por volta dos 50/55 anos.


Prevenção

Por estar associado com a idade ou com doença congênita, não há formas de evitar a estenose aórtica. Contudo, vale lembrar que manter hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, prática regular de atividade física, controle do peso, diabetes e colesterol e não fumar, contribui para uma melhor condição de saúde, o que marca pontos positivos se você tiver de enfrentar o procedimento por cateterismo ou a cirurgia.

Para a população em geral, os especialistas também recomendam manter uma rotina de check-up cardíaco anual a partir dos 40 anos, um cuidado que contribuirá para detectar o problema em estágio inicial. Para pessoas com válvula bicúspide ou que tenham casos de estenose aórtica na família, aconselha-se um acompanhamento precoce com o cardiologista de sua confiança a partir dos 35 anos.


Novidades

O TAVI (implante transcateter valvar aórtico) é a principal novidade no tratamento da estenose aórtica. No Brasil, a técnica foi introduzida em 2009. Desde então, novas tecnologias e redução do calibre dos dispositivos têm contribuído para facilitar o procedimento e aprimorar o implante.


Diferenciais BP

Somos um dos centros pioneiros no Brasil na realização do procedimento via transcateter. Reafirmando a BP como uma instituição de referência em cardiologia, trouxemos essa técnica inovadora para o país em 2009 e hoje acumulamos uma das maiores experiências de todo o Brasil nesse tipo de intervenção.

Além da equipe de médicos especializados, certificados pela Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, contamos com as mais avançadas tecnologias para o cuidado do paciente com estenose aórtica, do diagnóstico ao tratamento. Entre elas, estão ecocardiograma, tomografia e equipamentos de última geração com Flat Panel, tecnologia digital que garante nitidez de imagem e reúne recursos para medir o grau e a extensão da obstrução e o calibre dos vasos sanguíneos, permitindo a melhor escolha de métodos e dispositivos de implante para cada paciente.

É com essa combinação de recursos humanos e tecnológicos que asseguramos patamares de excelência em termos de qualidade da assistência, efetividade do tratamento e segurança do paciente.

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