Hipertensão Arterial

Entendendo a doença

A hipertensão arterial (pressão alta) é uma doença crônica silenciosa caracterizada pela elevação permanente da pressão sanguínea, isto é, da força que o sangue exerce contra as paredes das artérias. Em excesso, essa pressão pode lesionar os vasos sanguíneos, afetando várias partes do nosso corpo.

A hipertensão é o principal fator de risco das doenças cardiovasculares, primeira causa de mortes no Brasil e no mundo. Estudos científicos mostram que em nosso País 67% das vítimas de problemas cardíacos são hipertensos.

Além disso, a hipertensão arterial, quando não devidamente controlada, pode provocar acidente vascular cerebral (AVC), doença renal crônica, impotência sexual e alterações na visão, entre outros problemas.

Estima-se que cerca de 20 milhões de brasileiros são hipertensos, a maioria indivíduos na faixa dos 40 anos. Por dia, a hipertensão causa 338 mortes no País, segundo dados do Ministério da Saúde.

São consideradas hipertensas as pessoas que apresentam níveis de pressão medida em repouso iguais ou superiores a 14 X 9 (140 mmHg X 90 mmHg). É importante lembrar que a nossa pressão nunca é a mesma ao longo do dia. Ela diminui quando dormimos ou estamos relaxados e sobe quando praticamos atividade física ou estamos diante de situações tensas e estressantes. Por isso, elevações ocasionais e pontuais do nível de pressão não devem ser confundidas com a doença.

A hipertensão não tem cura, mas a disciplina na adoção de hábitos saudáveis e a adesão ao tratamento indicado pelo médico permitem que o hipertenso tenha uma vida normal, com saúde e bem-estar.


Tipos

A hipertensão arterial pode ser subdividida em dois grandes grupos:

  • Hipertensão arterial essencial ou primária: está associada a um conjunto de fatores genéticos e de estilo de vida que acelera o funcionamento de um sistema do organismo chamado de renina-angiotensina-aldosterona. Uma vez estimulado, ele mantém elevados os níveis de pressão arterial de modo permanente. Esse tipo de hipertensão responde por 90% dos casos.
  • Hipertensão arterial secundária: está associada a outras doenças que causam a elevação da pressão arterial como hipertensão renovascular (decorrente do fechamento parcial ou total de uma ou mais artérias renais), doença de Cushing (provocada pela produção excessiva do hormônio adrenocorticotrófico), hipertireoidismo (que provoca produção excessiva dos hormônios tireoidianos), obesidade, tumores e males congênitos, entre outras. Nesses casos, o tratamento da hipertensão arterial é ineficaz. Mas quando as doenças de base são tratadas precocemente, o quadro de hipertensão é reversível.

Sintomas

Na grande maioria dos casos, a hipertensão arterial é assintomática. Contudo, alguns pacientes podem associá-la a episódios de dor cabeça, palpitação, tontura, cansaço e mal-estar.


Diagnóstico

O diagnóstico da hipertensão arterial é facilmente obtido por meio da adequada verificação da pressão arterial. Dependendo do caso, o médico poderá solicitar que o paciente realize o teste de 24 horas, chamado de monitorização ambulatorial de pressão arterial (Mapa), que faz medições da pressão sanguínea em diferentes momentos ao longo do dia.

Quando a pressão se mantém alta apesar das intervenções terapêuticas, alguns exames podem ser indicados a fim descobrir se existe alguma doença de base causando a chamada hipertensão arterial secundária (leia mais em Tipos).


Tratamento

O tratamento da hipertensão arterial é definido caso a caso, tendo como objetivo uma pressão de 12 X 8 (120 mmHg X 80 mmHg). Os resultados mais efetivos são obtidos a partir de uma abordagem multidisciplinar – com participação do médico, em geral um cardiologista, e de outros profissionais como nutricionista, educador físico, psiquiatra e psicológico. É que, além de medicamentos, são fundamentais as intervenções para ajudar os pacientes a mudar o estilo de vida, evitando os fatores de risco e adotando hábitos que ajudam a manter a pressão sob controle (leia mais em Fatores de risco e Prevenção).

Esse suporte multidisciplinar é decisivo para reverter uma preocupante realidade: menos de 20% das pessoas diagnosticadas com hipertensão conseguem chegar ao nível de pressão ideal em razão de tratamentos inadequados ou incompletos ou da não adesão ao tratamento indicado e disciplina com o autocuidado. No entanto, esse controle é fundamental para evitar complicações graves. Estudos mostram que a redução de 1 a 3 milímetros do nível de pressão dos hipertensos diminui em 5% os casos de infarto e em 7% os de AVC.

Outro aspecto importante diz respeito à medição da pressão: estima-se que 90% das medições são imprecisas. Fundamentais para a boa condução do tratamento, medições precisas dependem do equipamento (os digitais são mais precisos), da calibragem regular do aparelho e dos procedimentos adequados na hora de medir a pressão.

Em relação aos medicamentos, existem vários tipos de anti-hipertensivos, que o médico indicará de acordo com o perfil e o quadro clínico de cada paciente. Estudos indicam a superioridade da terapia combinada: a administração de várias medicações em doses menores apresenta melhores resultados e com menos efeitos colaterais que o uso de um único medicamento em altas doses. O acompanhamento médico é fundamental, pois alguns anti-hipertensivos, sobretudo em doses elevadas, podem afetar os rins.

Atenção: o tratamento medicamentoso torna-se limitado ou ineficaz quando não é combinado com mudanças no estilo de vida capazes de desarmar todos os fatores que contribuem para a elevação da pressão.


Fatores de risco

Cerca de 90% dos casos de hipertensão estão relacionados a fatores genéticos, mas há outros que contribuem para a elevação dos níveis da pressão arterial, entre eles:

  • Consumo excessivo de sal.
  • Obesidade.
  • Sedentarismo.
  • Consumo de bebidas alcoólicas.
  • Tabagismo.
  • Estresse.
  • Idade (a doença progride com o passar dos anos).
  • Uso de anticoncepcional oral.
  • Mulheres após a menopausa devido à baixa produção de estrogênio, hormônio que funciona como um protetor natural do sistema cardiovascular. Estudos apontam que mulheres a partir dos 65 anos têm mais chances de desenvolver hipertensão que os homens na mesma faixa etária.

Prevenção

As principais recomendações dos especialistas para manter a pressão sob controle são:

  • Fazer da atividade física um hábito para a vida toda. O ideal é dedicar, pelo menos, 150 minutos por semana aos esportes ou exercícios físicos. Uma boa alternativa para quem não tem muito tempo é valorizar as caminhadas de, pelo menos, 10 mil passos por dia. Aplicativos para smartphones podem ajudar a contar o número de passos.
  • Reduzir a quantidade de sal na alimentação. No Brasil, o consumo é até três vezes maior que as 5 ou 6 gramas por dia recomendadas pelos órgãos internacionais de saúde e nutrição.
  • Manter o peso sob controle.
  • Reservar tempo para momentos de lazer e descontração. Isso agrega benefícios para saúde, inclusive para o controle da pressão arterial. Técnicas de relaxamento e meditação também produzem efeitos positivos.

Novidades

Uma das novidades é o uso de uma classe de medicamentos até recentemente ministrados apenas para o controle de problemas cardiovasculares em diabéticos. Estudos mostraram que eles também são eficazes no controle da pressão em pacientes sem diabetes.


Diferenciais BP

Na BP, cuidamos do paciente com hipertensão a partir de uma abordagem multidisciplinar integrada, fundamental para garantir um tratamento mais efetivo, tendo como grande objetivo manter os níveis de pressão nos patamares adequados. Além de médicos, nossa equipe inclui nutricionistas, educadores físicos, psiquiatras e psicólogos, que dão suporte ao paciente para a execução de uma estratégia terapêutica individualizada, desenhada em função das características e necessidades específicas.

Também estamos preparados para tratar eventuais complicações causadas pela hipertensão e outras doenças que possam estar interferindo no aumento da pressão (hipertensão secundária).

Fonte: Fernando Augusto Alves da Costa – CRM 36.772 SP

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