Endereço:
Rua Maestro Cardim, 769CEP: 01323-001 | Bela Vista
São Paulo - SP
Endereço:
R. Martiniano de Carvalho, 965CEP: 01323-001 | Bela Vista
São Paulo - SP
Endereço:
Rua Maestro Cardim, 769CEP: 01323-001 | Bela Vista
São Paulo - SP
Endereço:
R. Martiniano de Carvalho, 965CEP: 01323-001 | Bela Vista
São Paulo - SP
Endereço:
R. Colômbia, 332CEP: 01438-000 | Jardim Paulista, São Paulo - SP
A síndrome de Guillain-Barré, também conhecida como polirradiculoneuropatia idiopática aguda ou polirradiculopatia aguda imunomediada, é um distúrbio raro no qual o sistema imunológico passa a atacar os nervos periféricos do corpo. Isso ocorre em razão de um processo inflamatório que destrói a bainha de mielina, substância que reveste e protege as terminações nervosas. Sem a mielina, a condução dos estímulos nervosos entre o cérebro e músculos é prejudicada, provocando fraqueza nos braços, pernas e tronco.
A doença pode se espalhar pelo corpo todo e, nos quadros mais graves, culminar com paralisia total e afetar funções vitais, como a respiração e a deglutição. O ritmo de evolução varia, mas é importante procurar atendimento médico rapidamente, pois, em alguns casos, a paralisia total pode ocorrer em 24 horas e até menos. Após atingir o pico de gravidade, os sintomas começam a regredir lentamente, podendo levar meses até o paciente ficar completamente curado. Em algumas pessoas, a síndrome pode se repetir após a primeira ocorrência (recidivar) e também tornar-se crônica. A taxa de mortalidade dos casos graves é de 5%.
Um número expressivo de pacientes desenvolve a síndrome de Guillain-Barré após infecções por vírus e bactérias, o que sugere que eles funcionariam como gatilho para as respostas anormais do sistema imunológico.
No Brasil, são registrados vários casos dessa síndrome associados a infecções pela bactéria Campylobacter (que causa distúrbios intestinais) e doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti (dengue, chikungunya e zika). Segundo o Ministério da Saúde, a incidência anual no país é de 1 a 4 casos por 100.000 habitantes, afetando com mais frequência pessoas com idade entre 20 e 40 anos.
A síndrome de Guillain-Barré apresenta diferentes formas de manifestação. Os principais tipos são:
O principal sintoma da síndrome de Guillain-Barré é a fraqueza muscular progressiva e ascendente, isto é, começa nos pés e pernas e vai se espalhando para as partes superiores do corpo. A fraqueza pode ser acompanhada de alterações da sensibilidade, como coceira, queimação e dormência, e provocar perdas motoras e até paralisia. Com a evolução do quadro, a fraqueza pode atingir o tronco, braços, pescoço e afetar os músculos da face, da respiração e da deglutição. Um terço dos pacientes apresenta dores nos nervos.
Em um grupo menor de pessoas, a doença pode provocar sintomas relacionados com o sistema nervoso autônomo (que controla movimentos não voluntários do corpo), entre eles taquicardia e arritmia cardíaca, oscilações na pressão arterial, suor excessivo (sudorese), alterações no funcionamento dos intestinos e da bexiga e disfunção pulmonar.
Além da avaliação clínica e neurológica durante a consulta, seu médico provavelmente pedirá a realização de exames para confirmar o diagnóstico de síndrome de Guillain-Barré:
No caso da síndrome de Guillain-Barré, é fundamental fazer o diagnóstico diferencial para afastar a possibilidade de outras doenças autoimunes e neuropatias (enfermidades que afetam os nervos) que provocam sintomas muito semelhantes, como a poliomielite e o botulismo.
Existem dois recursos terapêuticos consolidados para tratar a síndrome de Guillain-Barré:
O tratamento fisioterápico é indicado na internação e depois da alta do paciente, pois ajuda a recuperar a funcionalidade dos movimentos.
Nos quadros crônicos, podem ser prescritos medicamentos imunossupressores, que reduzem a atividade do sistema imunológico para que ele pare de atacar o próprio corpo.
Atenção: A síndrome de Guillain-Barré exige internação hospitalar desde a sua fase inicial, pois músculos que comandam a respiração podem ser afetados. Isso significa que o paciente pode necessitar de ventilação mecânica para tratar a insuficiência respiratória decorrente.
No Brasil, a síndrome de Guillain-Barré afeta particularmente pessoas mais jovens, inclusive crianças, enquanto na Europa e nos Estados Unidos é mais comum entre indivíduos mais velhos. Estudos epidemiológicos sugerem que a falta de infraestrutura sanitária em várias regiões do país expõe mais crianças e jovens a riscos, como o contato com água e alimentos contaminados, desencadeadores de infecções que podem provocar a doença.
Entre os principais fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré destacam-se:
A medicina ainda não descobriu o que causa a síndrome de Guillain-Barré. Conhece apenas alguns fatores que funcionam como gatilho para o desenvolvimento da doença, fazendo com que o sistema imunológico, em vez de proteger nosso organismo, passe a atacar os nervos periféricos. Assim, o que podemos fazer como prevenção é evitar os fatores de risco, principalmente as infecções por vírus e bactérias (veja em Fatores de Risco).
Medicamentos biológicos, substâncias que usam como princípio ativo materiais celulares vivos, despontam como uma nova frente para o tratamento da síndrome de Guillain-Barré. Entre outros, está em fase adiantada de estudos clínicos um anticorpo monoclonal que seria capaz de controlar o processo inflamatório da doença.
A síndrome de Guillain-Barré exige investigação diagnóstica apurada e rápida intervenção médica para acelerar a cura e impedir as complicações graves associadas às formas mais agudas da doença. É isso que você encontra na BP.
Contamos com neurologistas especializados na identificação e no tratamento da síndrome de Guillain-Barré e todos os recursos de suporte, como um laboratório de ponta para a realização do exame de liquor e neurofisiologistas que conduzem os exames de eletroneuromiografia.
Com o apoio do nosso Centro de Hematologia, os tratamentos de plasmaférese e administração intravenosa de imunoglobulina são realizados de maneira eficaz e segura.
Pacientes com quadros mais críticos são cuidados em nossa Unidade de Terapia Intensiva Neurológica, um dos únicos centros de tratamento intensivo do Brasil dedicados exclusivamente a essa especialidade médica. Essa estrutura é fundamental para a assistência aos pacientes que, em razão de complicações da síndrome, precisam de respiração por ventilação mecânica e monitoramento de problemas cardíacos ou de pressão arterial.
Ao lado dessa diferenciada estrutura e de um time de profissionais que combinam seus conhecimentos para proporcionar a melhor assistência a cada um de nossos pacientes, cultivamos na BP um ambiente de acolhimento e humanização. É dessa forma que trabalhamos com um duplo objetivo: restabelecer a sua saúde e assegurar uma boa experiência em nossa instituição.