TeleNordeste

TeleNordeste

Realizado pela BP, esse projeto dentro do Proadi-SUS tem por objetivo contribuir para minimizar um sério problema que afeta o país: o acompanhamento especializado de pacientes crônicos.

A falta de médicos especialistas em vários territórios onde estão instalados os equipamentos públicos de saúde prejudica o atendimento a pacientes crônicos de maior gravidade, que muitas vezes precisam se deslocar para centros distantes de suas residências, além de aguardar em filas que podem colocar suas vidas em risco.

Por meio do projeto TeleNordeste, médicos que atuam nas UBSs passam a contar com um canal alternativo para ajudar esses pacientes, que são os médicos da BP. A ideia é que, com o apoio de especialistas da BP, eles possam conduzir de maneira mais efetiva o cuidado desses pacientes.

Os médicos das UBSs terão à disposição uma plataforma eletrônica na qual poderão agendar teleinterconsultas. Elas permitem a um especialista da BP entrar em tempo real em uma consulta que o médico estiver realizando em uma UBS e discutir o caso em conjunto, podendo oferecer orientações diretamente ao paciente e contribuir assim para um acompanhamento mais adequado de sua condição.

Juntos, os médicos que atuam nos territórios e o time da BP traçam e aplicam planos terapêuticos individualizados para cada paciente, ajudando a diminuir o número de encaminhamentos e as filas de espera. Além disso, essa interação favorece o compartilhamento de informações técnicas e científicas, contribuindo para a formação dos profissionais da linha de frente da saúde, habilitando-os para atuar de forma mais qualificada em futuras intervenções.

O TeleNordeste é um projeto colaborativo, que envolve outros hospitais vinculados ao Proadi-SUS. Porém, coube à BP o maior do volume de atendimentos previstos ao longo de toda a iniciativa: 216 mil atendimentos por meio da plataforma. A previsão é realizar via Telessaúde um volume mensal próximo a 15 mil consultas, algo muito próximo do que a BP já realiza em seus ambulatórios em termos de consultas presenciais. No total, a ação beneficiará cerca de 60 mil pacientes crônicos.

Serão priorizados pacientes crônicos de maior risco, já identificados pelas equipes de atenção primária dos municípios beneficiados. A partir das características populacionais e epidemiológicas de cada território atendido, bem como das carências específicas de profissionais, serão definidas, para cada um dos territórios, quais serão as especialidades-chave de suporte a serem mobilizadas e os grupos de doenças crônicas que ganharão atenção especial (hipertensão grave, insuficiência cardíaca avançada, diabetes descontrolada, gestação de alto risco, AVC etc.).

Os territórios a serem atendidos estão distribuídos nos Estados do Maranhão, Alagoas e Piauí.

Principais atividades

• Implantação local das plataformas que dão suporte aos teleatendimentos, incluindo a doação de equipamentos de informática e conectividade.
• Oferta de 216 mil teleinterconsultas.
• Educação médica a partir da interação dos profissionais vinculados ao projeto.
• Produção de um estudo científico avaliando potencial de impacto e transformação do projeto.

Benefícios esperados

• Diminuição do risco de agudização das condições crônicas dos pacientes e, consequentemente, redução da necessidade de atendimentos em pronto-socorro.
• Redução das filas para consultas presenciais com médicos especialistas.
• Melhoria da qualidade de vida da população dos territórios atendidos.
• Racionalidade de custos para o sistema de saúde.
• Qualificação dos profissionais da atenção primária.

Indicadores

• Volume de teleinterconsultas.
• Percentual de médicos dos territórios aderentes ao projeto.
• Satisfação dos pacientes e dos médicos dos territórios.
• Volume de agudizações das condições crônicas em cada território.

Vigência do projeto

Aprovado pelo Ministério da Saúde em janeiro de 2022, o projeto TeleNordeste se estenderá até dezembro de 2023. A primeira teleinterconsulta está prevista para acontecer em agosto.

Equipe da BP

• 1 coordenador de projeto.
• 1 coordenador médico.
• 1 coordenador assistencial.
• 5 analistas administrativos.
• 2 profissionais de enfermagem (para acompanhamento dos planos terapêuticos).
• 2 analistas de informações.
• + de 100 médicos especialistas.