
Embora a palavra AVC (Acidente Vascular Cerebral) seja usada de forma geral, ela descreve dois eventos fundamentalmente diferentes em sua causa e tratamento: o AVC isquêmico e o AVC hemorrágico. Compreender essa distinção é essencial, pois ela guia toda a abordagem médica na emergência neurológica.
O reconhecimento dos sinais e o rápido atendimento são o primeiro passo. Na BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, nossa expertise está em oferecer um diagnóstico preciso e ágil para definir o tipo de AVC e iniciar o tratamento que pode mudar o curso da recuperação do paciente. Este artigo foi feito para esclarecer, de forma simples e informativa, as principais diferenças entre esses dois tipos de AVC.
A principal diferença entre os dois tipos de AVC está no mecanismo que afeta os vasos sanguíneos do cérebro.
O AVC isquêmico é o tipo mais comum, respondendo por cerca de 80 a 85% dos casos. Ele ocorre quando há uma obstrução em uma artéria, impedindo que o sangue rico em oxigênio chegue a uma determinada área do cérebro.
O bloqueio é geralmente causado por um coágulo de sangue, que pode ter se formado em uma placa de gordura na própria artéria cerebral (trombose) ou ter viajado de outra parte do corpo, como o coração (embolia).
O AVC hemorrágico, embora menos frequente, é geralmente mais grave. Ele acontece quando um vaso sanguíneo se rompe e sangra para dentro do cérebro.
O extravasamento de sangue causa um aumento súbito da pressão dentro do crânio, comprimindo e danificando o tecido cerebral ao redor. As principais causas para esse rompimento são a pressão alta descontrolada e a ruptura de um aneurisma cerebral.
Os sinais de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) costumam ser os mesmos em ambos os tipos, como a perda súbita de força em um lado do corpo, dificuldade na fala ou assimetria facial. No entanto, algumas manifestações podem ser mais sugestivas de um tipo específico.
O AVC hemorrágico, por exemplo, está mais associado ao surgimento de uma dor de cabeça súbita e muito intensa, muitas vezes descrita como "a pior dor da vida". Também pode vir acompanhado de náuseas, vômitos e perda de consciência.
Independentemente dos sintomas, a recomendação é sempre a mesma: procurar atendimento médico de urgência imediatamente.
Como os sintomas podem ser semelhantes, a única forma de diferenciar com certeza os dois tipos de AVC é por meio de um exame de imagem.
A tomografia computadorizada (TC) de crânio sem contraste é o exame realizado assim que o paciente chega à emergência. É rápido e eficaz para identificar a presença de sangue no cérebro, confirmando um AVC hemorrágico.
Caso não haja sangue, a suspeita recai sobre um AVC isquêmico. Essa informação é fundamental, já que os tratamentos são completamente opostos e a decisão terapêutica precisa ser tomada em minutos.
A diferença no tratamento é o motivo pelo qual o diagnóstico rápido é tão importante.
No AVC isquêmico, o objetivo é restaurar o fluxo sanguíneo o mais rápido possível. Isso pode ser feito com medicamentos intravenosos que dissolvem o coágulo (trombólise venosa) ou com o procedimento de trombectomia mecânica, realizado por especialistas em neurorradiologia diagnóstica, que remove o coágulo de dentro do vaso.
No AVC hemorrágico, o foco é controlar o sangramento, reduzir a pressão dentro do crânio e tratar a causa da ruptura. As medidas incluem controle rigoroso da pressão arterial, correção de distúrbios da coagulação e, em alguns casos, cirurgia para conter a hemorragia ou tratar o aneurisma.
Embora as causas e os tratamentos para os AVC1s isquêmicos e hemorrágicos sejam distintos, a ação inicial para quem presencia os sinais é exatamente a mesma: buscar atendimento de emergência sem demora. A diferenciação entre os tipos é uma tarefa para a equipe médica, realizada com o suporte de exames de imagem.
A diferenciação entre os tipos é responsabilidade da equipe médica, com suporte dos exames de imagem. O papel de familiares, amigos e do próprio paciente é reconhecer os sintomas e entender que cada minuto economizado significa tecido cerebral preservado.
A rapidez em chegar a um hospital preparado permite que a equipe faça o diagnóstico correto e inicie a terapia adequada. É essa corrida contra o tempo que define o prognóstico e a possibilidade de uma recuperação com menos sequelas.
O manejo de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), seja ele isquêmico ou hemorrágico, exige uma estrutura de ponta e uma equipe multidisciplinar altamente sincronizada.
Na BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, nosso Centro de Excelência de Neurologia e Neurocirurgia está preparado para oferecer um diagnóstico preciso e o tratamento mais adequado para cada caso.
Contamos com protocolos ágeis e tecnologia avançada para garantir o melhor cuidado desde os primeiros minutos, elemento fundamental para uma boa recuperação. Se precisar de orientação, marque sua consulta e cuide da sua saúde com quem é referência.